sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Sutura

Vejo a adaga empunhada
O sangue escorrendo pela lâmina
A espada cravada em peito alheio
Desarmado, tonto, tremulante
Golpe impiedoso, esfacelante.

De repente, estarreci
O ardor intenso que tudo consumia
Brasa quente perfurava os tecidos
Ferida aberta que também era minha.

Na perplexidade cambaleante, atinei
Que o coração naquele instante morria
Na dor que tortura alheia lhe submetia
Antes na escuridão, não acontecia
Agora pela claridade destruído
Espera ver se o tempo remedia.

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