sexta-feira, 11 de janeiro de 2013
"Dulce magnetismo"
Olhávamos pela janela, a sala vazia de móveis, naquela histórica e movimentada esquina. No fim do dia, o cair da noite, os belos e longínquos contornos da serra, as cores pintando o horizonte de aquarela. A pintura se confudia com um turbilhão de emoções e pensamentos. O magnetismo brigava com o medo. O coração, que não foi feito para simplificar nossas vidas, queria porque queria, e queria para ontem. Por simples capricho, escravo do desejo. Aquele momento era o escapismo de tudo, menos de si. Doce magnetismo: "dos cargas opuestas buscando lo mismo". Naquela tarde, Impressionismo e Realismo fundiram seus lábios naquele beijo que eternizou a pintura.
Sutura
Vejo a adaga empunhada
O sangue escorrendo pela lâmina
A espada cravada em peito alheio
Desarmado, tonto, tremulante
Golpe impiedoso, esfacelante.
De repente, estarreci
O ardor intenso que tudo consumia
Brasa quente perfurava os tecidos
Ferida aberta que também era minha.
Na perplexidade cambaleante, atinei
Que o coração naquele instante morria
Na dor que tortura alheia lhe submetia
Antes na escuridão, não acontecia
Agora pela claridade destruído
Espera ver se o tempo remedia.
O sangue escorrendo pela lâmina
A espada cravada em peito alheio
Desarmado, tonto, tremulante
Golpe impiedoso, esfacelante.
De repente, estarreci
O ardor intenso que tudo consumia
Brasa quente perfurava os tecidos
Ferida aberta que também era minha.
Na perplexidade cambaleante, atinei
Que o coração naquele instante morria
Na dor que tortura alheia lhe submetia
Antes na escuridão, não acontecia
Agora pela claridade destruído
Espera ver se o tempo remedia.
Assinar:
Postagens (Atom)